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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 25 de setembro de 2024
 

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Mensagem: MÊS DE MARIA José Prates O mês de maio está à porta. Mais alguns dias e entramos no mês de Maria, um mês de romantismo e religiosidade. A devoção á Nossa Senhora foi introduzida no Brasil pelas freiras vicentinas, encontrando terreno fértil que lhe fez prosperar, firmando-se-se como tradição. O culto á Virgem nasceu no final do século 13 e cresceu na Igreja; desenvolveu-se e só fez aumentar com a novena de maio. Em Montes Claros de nosso tempo, quando se aproximava o mês de maio, em muitas casas, as mães vaidosas, tiravam do baú para limpeza e arranjo, a roupa e as asas para a filha menina que se transformava em anjo para a coroação de Nossa Senhora, na Igreja Matriz. Era uma festa tradicional que envolvia as famílias de quase toda cidade. A novena rezada à noite, na Matriz, enchia a igreja de fiéis, a maioria mulheres com vestidos longos de mangas compridas, cabeça coberta por um véu, desfiando seus terços e entoando hinos de louvor à virgem. Isso acontecia todas as noites, até o dia 31, quando encerrava o mês de festejo. A Praça ficava cheia de gente, na maioria homens que deixavam as mulheres na Igreja e vinham para os bancos por em dia a conversa com amigos, enquanto saboreavam um copo de cerveja comprada no botequim perto do Correio que ficava aberto até mais tarde. Não pensem que era gente moradora d’ali mesmo. Gente que vinha de longe como Alto de São João, Malhada de Santos Reis e até mesmo da Vila Guilhermina, pelos lados do matadouro. Muitos que vinham pagar promessas; outros por simples devoção. No dia 31, dia do encerramento, a novena era à tardinha, dezoito horas, depois da procissão que percorria um grande trecho, subindo pela Rua do Mercado, entrando na Rua Quinze, dobrando na Loja Ramos. O andor com Nossa Senhora conduzido pelas Filhas de Maria era bem ornado e exalava o perfume das flores. A Banda Euterpe vinha na frente executando a Ave Maria, acompanhada pelo povo, de vela acesa na mão. Precedendo a procissão, os anjos em fila dupla, de mãos postas, seguiam o Padre. Chegando à Igreja, recebidos com o repicar dos sinos, entravam os anjos, dirigindo-se em silêncio ao altar mor, onde posicionavam para receberem o andor com a imagem da Virgem, que era colocada no altar, dominando o ambiente. Fotógrafos fazem espocar os flashes para fotografias encomendadas pelos pais vaidosos, ali presentes. Todos acomodados, começava a novena de forma solene e emocionante. Ao final, dois anjos subiam ao altar ladeando a imagem. Ali ficavam concentrados, de mãos postas. O coro de Filhas de Maria começava a cantar o hino à Virgem, acompanhado pela banda; outro anjo subia ao altar com a coroa nas mãos, erguendo-a como um troféu. Os assistentes irrompem em palmas, enquanto o anjo emocionado coloca a coroa na cabeça da imagem. Não sei se ainda hoje, é assim (José Prates, 81 anos, é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros, de 1945 a 1958, quando foi removido para o Rio de Janeiro, onde reside com a familia. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente cedido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores)

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