Este espaço é para você aprimorar a notícia, completando-a.
Clique aqui para exibir os comentários
Os dados aqui preenchidos serão exibidos. Todos os campos são obrigatórios
Mensagem: Pressão gera duas audiências - Até agora, cinco deputados do Norte não aderiram à abertura da CPI - Patricia Giudice - Produtores de toda a região do Norte de Minas se mobilizam, mais uma vez, para cobrar das autoridades do Estado o fim da chamada ´indústria da multa´ e da burocracia ambiental. Duas audiências públicas devem ser realizadas com produtores, Estado e todos os envolvidos no problema. Hoje, o deputado Paulo Guedes (PT), que faz parte da bancada do Norte de Minas na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deve protocolar o pedido para que a primeira audiência pública seja realizada já na semana que vem na Casa, em Belo Horizonte. O deputado vai convocar o secretário de Estado de Meio Ambiente, José Carlos Carvalho, a direção do Instituto Estadual de Florestas (IEF), principal órgão emissor de multas aos produtores do Norte, prefeitos da região, todos os sindicatos envolvidos, trabalhadores rurais, diretores do projeto Jaíba, da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf) e da Fundação Rural Mineira (Ruralminas), representante do governo do Estado no projeto Jaíba. De acordo com o deputado, que está lutando junto com os produtores para que a legislação estadual seja cumprida, ele também vai protocolar hoje o pedido para que outra audiência pública seja realizada no dia 5 de outubro, desta vez em Montes Claros. A intenção é discutir o assunto e pressionar o governo do Estado a parar de despejar multas nos produtores, o que, segundo os produtores da região, grandes e pequenos, tem sido muito comum desde que a mata seca foi incorporada ao bioma Mata Atlântica. Para ele, o governo estadual está usando o decreto federal (que delimita a área da Mata Atlântica) como ´pano de fundo´ para aplicar multas. Para as duas audiências, também devem ser convocados membros do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) para que esclareçam sobre a legislação federal. ´Precisamos nos mobilizar porque senão, todo mundo vai perder as propriedades. A região precisa reagir à altura do que estão fazendo. Estão punindo a região mais pobre do Estado´, afirmou Paulo Guedes. CPI. O deputado continua sua peregrinação por assinaturas para a CPI da Indústria da Multa. Mas, até agora, cinco deputados da bancada do Norte de Minas não assinaram pela abertura da comissão (veja ao lado). Para Paulo Guedes, eles estão sendo pressionados pelo governo estadual. Já estão garantidas 22 assinaturas, mas são necessárias 26 para a abertura. As duas últimas adesões foram dos deputados Almir Paraca (PT) e Gilberto Abramo (PMDB). O presidente da Associação dos Irrigantes do Norte de Minas, Orlando Machado, fez um apelo para que os deputados assinem o pedido de CPI. ´Se vencer o prazo e ela não for para a frente, vamos convocar todas as classes para um ato de repúdio aos deputados.´ Limão e manga para pagar as dívidas Para pagar dívidas acumuladas há dez anos com o BDMG, os produtores da gleba C2 pretendem plantar limão e manga, culturas que estão mais rentáveis na região. São cerca de 8.000 hectares de terra no total, mas só a metade está apta a ser plantada. Segundo César Augusto Bellini, representante dos produtores rurais, cerca de 40 contratos dos 60 que foram firmados estão em dívida. Os produtores reivindicam uma carência de cinco anos, tempo para que as plantações deem retorno financeiro, e mais 20 anos para o pagamento. (PG) Reflexo - Multas. O presidente da Associação dos Irrigantes, Orlando Machado, informou que a indústria da multa está provocando um êxodo rural no Norte de Minas e acarretando perda de 250 mil empregos. Muita gente está endividada - Além de precisar enfrentar as altas multas do IEF, produtores da gleba C2 do projeto Jaíba ainda se encontram endividados. Há dez anos, o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) financiou a produção de banana na região, mas anos depois uma doença dizimou os bananais e os produtores ficaram sem ter como quitar os financiamentos tomados. Hoje, eles lutam para que o projeto de lei 3.573/2009 seja aprovado na Assembleia. O texto, de autoria da deputada Ana Maria Resende, que ainda não assinou a CPI da Indústria da Multa, prevê que as dívidas do fundo Jaíba sejam renegociadas. De acordo com o presidente da Associação dos Produtores Rurais da Gleba C2 e do Conselho de Administração do Distrito de Irrigação do Jaíba, César Augusto Bellini, todos os produtores querem pagar, mas em condições possíveis. ´Já fizemos duas negociações, mas o banco fica irredutível´, afirmou. (PG) Quem preserva - Brasil é o segundo país em área de cobertura florestal nativa. São 450 milhões de hectares ao todo - Em primeiro lugar está a Rússia, que preserva atualmente 800 milhões de hectares - O terceiro país que mais preserva suas matas nativas é o Canadá, que ainda tem 280 milhões de hectares em cobertura Fonte: Confederação da Agricultura e Pecuária
Trocar letrasDigite as letras que aparecem na imagem acima