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Mensagem: Depois de longo e tenebroso inverno, a Praça da Matriz será devolvida à população na sexta-feira dia 26, uma semana antes das eleições. O piso foi refeito e agora é o mesmo colocado no Quarteirão do Povo. A grama antiga foi substituída pelo tipo Esmeralda. As árvores comprometidas arrancadas.(Na visita que lá fiz, na semana passada, não vi nenhuma nova, até aquele momento). O coreto foi mantido - Graças a Deus. A iluminação parecia que ainda não foi melhorada, para segurança de todos. E melhorar não é mutilar - é melhorar. Dois dos ´escorregadores´ que serviram a gerações de montesclarenses se escafederam, a golpes de marreta, bem na porta do centro cultural, que deveria zelar por eles, com unhas e dentes. Um dia, espero, voltarão, como eram. Felizmente (bato na madeira), restaram dois - aquele virado para o solar da família Oliveira (em reforma) e um bem na porta da casa onde outrora existiu um bangalô dos mais significativos da história de M. Claros. Ali nasceu o homem mais destacado da nossa cultura - Antônio Gonçalves Chaves, governador de Minas e Santa Catarina. (Deveria haver uma placa no lugar, como em todos os lugares realmente importantes da cultura de M. Claros. Uma espécie de museu aberto, aberto ao céu. Já é muito, nos dias que correm, reencontrar a Praça da Matriz sem maiores mutilações, num tempo em que não se tem apreço pela cultura e pela história. Revelo aqui o que sei: havia, há, uma multidão de montesclarenses, de fora e da cidade, do tipo intergeracional, pronta a fazer o maior ruído caso a praça surgisse mutilada, como aconteceu com a outrora bela avenida Coronel Prates, hoje servindo de leva-e-traz de um supermercado que ocupou o espaço de um dos lugares também mais históricos da cidade. Exatamente o Ginásio Municipal e Colégio Diocesano. No primeiro, estudaram personagens históricos da cidade - como Toninho Rebello, Luiz de Paula, Oswaldo Souto, João Atayde, etc, e acho que também Hermes de Paula, Darcy Ribeiro e por aí vaí. É com o coração nas mãos que vamos receber de volta, como uma relíquia, a eterna Praça da Matriz. No ano 70 da Era Cristã, tremendo, os sacerdotes do Templo receberam, tremendo, repito, as ´páginas da lei´ profanadas pelos invasores romanos, a cavalo, que devassaram o espaço do ´Santo dos Santos´. Em tempo: daqui, de Belo Horizonte, de volta de minha visita a Montes Claros, recebi como um prêmio, um refrigério enorme, um alívio do tamanho do mundo,a notícia de que afinal alguém do poder público em inspirado gesto suspendeu o aterramento criminoso de uma lagoa que serve à nossa maltratada cidade. Maltratada, repito, em termos históricos, ambientais e culturais. Quanto ao mais, em especial sobre política, não discuto, desprezo, pois vou também me preparar para apagar as luzes aqui de casa, do apartamento, hoje à noite, em protesto ao que fazem com o nosso Planeta, nossa Casa. Não é muito; é apenas essencial para que nossos filhos e netos não sejam destruídos pelas armadilhas que nós, seus pais, estamos armando contra a Terra. Dia após dia. Meus patrícios - abram-se para a Luz, para as Claridades; motivem os seus governantes. Ninguém resiste a ser instruído, quando o problema é apenas ignorância - ´estado de quem desconhece uma coisa´. À luz, para a luz, sigamos todos - ainda há tempo.

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